OLORUN, OLODUMARE, OLOFIN - OS NOMES DE DEUS.
Segundo a filosofia religiosa africana, O Criador encontra-se em plano tão superior em relação aos seres humanos e, é de tal forma inexplicável e incompreensível, que inútil seria manter-se um culto específico em sua honra e louvor, já que o Absoluto não pode ser alcançado pelo ser humano em decorrência de suas limitações e imperfeições.
Olorun é o nome mais comumente usado para designar a Divindade Suprema, e esta preferência de uso está ligada à sua aceitação por parte dos islamitas e dos cristãos, que adotaram-no como sinônimo, tanto de Alá, quanto de Jeová.
O termo é fácil de ser analisado e traduzido, uma vez que se compõe de duas palavras apenas: "Ol" de Oni (dono, senhor, chefe) e "Orun" (céu, mundo onde habitam os espíritos mais elevados), formando "Olorun" - Chefe, Proprietário ou Senhor do Céu.
O termo "Olodumare" propõe uma idéia mais completa e de maior significado filosófico. Desmembrando a palavra, encontramos os seguintes componentes: "Ol", "Odú" e "Mare", que passamos a analisar separadamente.
O prefixo "Ol" resulta da substituição, pelo "l" das letras "n" e "i" da palavra "Oni" (dono, senhor, chefe), prefixo utilizado, modificado, ou em sua forma original, para designar o domínio de alguém sobre alguma coisa (propriedade, profissão, força, aptidão, etc.). Ex.: "Olokun" - Senhor dos Oceanos.
O termo intermediário "Odu", possui diversos significados, dependendo das diferentes entonações na sua pronúncia, que no caso é "ôdu" e que reunido ao prefixo "ol", resulta em "Olodu", cujo significado é: "Aquele que possui o cetro ou a autoridade", ou ainda: "Aquele que é portador de excelentes atributos, que é superior em pureza, grandeza, tamanho e qualidade".
A última palavra componente "mare" é, por sua vez, o resultado do acoplamento de dois termos "ma" e "re", imperativo que significa: "não prossiga", "não vá". A advertência contida no termo, faz referência à incapacidade do ser humano, inerente à sua própria limitação, de decifrar o supremo e sagrado mistério que envolve a existência da Divindade.
Olofin é também uma das designações da Divindade suprema. Quando em extrema aflição, os nagôs costumam solicitar o auxílio divino, invocando os três nomes: Olorun! Olofin! Olodumare.
As informações sobre Olurun foram postados após pesquisa do endereço:
http://kwesejaezinlewa.no.comunidades.net/index.php?pagina=1914408920
O significado de Deus – Zambi e de Jesus – Oxalá, para a Umbanda e para os umbandistas
Para a Umbanda e os umbandistas, Deus, para o qual se adota o nome de Zambi, dentre outras denominações criadas pelos povos africanos quando foram trazidos ao Brasil, representa a mais intensa e imensurável energia, e a maior fonte de luz existente, pois não existe nada que se iguale a Ele.
É aquele que arquitetou e concebeu tudo que existe no Universo de imaginável e inimaginável, ao alcance da visão e totalmente fora dela, dentro do que é compreensível e do totalmente incompreensível. É o maior poder, força suprema sem igual equivalência, núcleo do Universo, a partir do qual tudo foi criado, se expandindo sob seu pleno e total alcance e domínio em toda sua dimensão. É a concentração de todos os campos e fontes de energia. É Dele que flui todo fluido energético que mantém vivo e em movimento de mudança, transformação e evolução todo o Universo.
Foi Ele que atribuiu a Jesus que chamamos de Oxalá, que é a energia de maior grandeza mais próxima Dele, o governo e a interação com todos os elementos dentro deste Universo em todos os seus extremos.
Oxalá é a única e maior energia governante e interventora desde a mais ínfima partícula à maior dimensão existente no Universo, de todos os planos espirituais da mais alta intensidade de luz à total escuridão, comanda e rege todas as camadas espirituais, encarnadas e desencarnadas, todos os elementos naturais, todos os fenômenos naturais, todas as forças e energias que agem dentro do Universo, nada passa despercebido a Ele. É aquele que atribuiu o livre arbítrio para que todas as energias inteligentes pudessem por si só traçar seus caminhos e livremente responderem por eles, arcando com suas consequências. É aquele que alimenta o bom espírito ajudando-o em sua evolução, doando-lhe a luz que o permite atingir brilho mais intenso e lugar nos planos maiores, passando a ser um servidor do bem e de auxilio aos que necessitam de amparo. Oxalá é aquele que da mesma forma reabilita e redime o espírito arrependido e consciente dos erros e da necessidade de mudar.
É o ser misericordioso que tem a seu serviço uma espiritualidade de imensa grandeza em luz e de energia Universal e Cósmica, atuando em todos os pontos do Universo, conciliando e ajustando todos os tipos de forças sejam elas de Direta ou de Esquerda.
É aquele que se fez presente em todos os mundos, inclusive neste, para poder sentir, medir e ter plena noção do que é a vida do homem, ao que estão expostos, ao que devem reagir, superar, quais os males aos quais mais estão sujeitos. Conhecer o íntimo humano e sua essência desde o momento que assumiu seu livre arbítrio, o quanto isso o desvirtuou, cedendo às tentações do mundo material, o quanto seu caráter e sua moral foram afetados. É aquele que se sujeitou a maldade do homem para medir até onde eram capazes de ir, e se decepcionou amarga e dolosamente com o que viu e sentiu, pois mesmo sabedor do que viria, guardava em seu íntimo de tamanha grandeza e bondade a esperança de poder ver algo melhor. É aquele que por viver, presenciar e constatar em matéria a ação do homem frente às atitudes do bem e do mal, tornou-se o único capaz de julgar a qualquer um de nós. O único Juiz nomeado e credenciado por Deus-Zambi em todo o Universo. E de posse de todos estes requisitos e autonomia, é o único que tem poderes para agir na mudança e transformação de qualquer um dos mundos existentes e de seus ocupantes, o único que pode colocar abaixo os impérios do mal e extirpar os maldosos.
Texto escrito por Carlos Feitosa, Médium do Templo Espiritual de Umbanda Caboclo Pena Verde em 24/06/2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário