Estamos aqui de novo para um estórinha contar... mas que pode ter o significado de uma história... quem sabe!
A muito tempo em uma pequena e ocupadíssima cidade do interior, onde as pessoas corriam com suas vidas e os dias passavam sem que ninguém prestasse atenção em sua volta, assim seguiam os dias.
Até uma figura estranha chegou a cidade, um forasteio, um andarilho, mas apesar de não pertencer ao lugar, ninguém se importou em perguntar sobre quem era essa pessoa, e assim caminhando pela cidade ele foi, até que algo chamou sua antenção ao chegar em um grande jardim..
Havia um homem inerte como se tivesse sido consumido pela própria tristeza, seu olhar perdiasse ao longe indiferente ao mundo, como se tivesse rompido seu vínculo com todos a sua volta.
Vendo a cena, indagou-se a perguntar...
Olhando ao lado um padre acompanhado de algumas freiras e fieis, resolveu perguntar:
- Por favor, por que ele esta sentado ai?
O padre meio-apressado foi falando sem deter-se.
- Eu me lembro, era uma pessoa de uma Fé enorme, tinha a bondade no olhar e a caridade nos gestos, mas um dia se tornou triste, seus olhos ficaram envolvidos pela sombra da tristeza e a dúvida invadiu seu coração, se me lembro ele perdeu seu grande amor..
E num movimento rápido ele seguiu seu caminho.
Cada vez mais, ia perguntando da todos e muitos começavam a qualificar aquela pessoa inerte e de todos se ouvia:
- Bondade, amoroso, prestativo, caridoso com todos, bom marido, bom pai, compreensivo, paciente, devotado... Todos seguiam falando mas terminavam dizendo não reconhecer mais aquele homem, pois logo após enaltecerem as qualidades logo começavam:
- Triste, solitário, desiludido do amor e da vida, depressivo, angustiado, desamparado, cheio de dúvidas....
Tão mergulhado em buscar a verdade sobre o que acontecia, não percebeu que a noite chegou, e que deveria seguir seu caminho.
Mas antes de ir se aproximou dele tirou uma coberta de sua bolsa e pousou-a sobre seus ombros e beijando-lhe a testa foi seguindo seu caminho, quando:
- Por que?
Olhando o homem apenas lhe sorriu e o voltou a dizer:
- Por que? Por que incomodastes a me oferecer alento?
- Quem é você?
Olhou o homem que estava cheio de dúvidas, e disse:
- Quem eu sou? Passou tanto tempo mergulhado em seus fantasma que não mais me reconhece... Eu sou o sol que todos os dias dissipa a escuridão trazendo luz e calor ao seu dia... eu sou a chuva que o agricultor espera para ajudar a irrigar sua lavoura... Eu sou o sorriso nos lábios de uma crianças... Sou as rimas de amor de um jovem apaixonado... Eu trago a confiança, gero expectativa com minha chegada e dou perspectiva as pessoas.
O homem olhou e sorriu.
- Lembraste de mim agora... bom... então pode me chamar pelo meu velho nome ESPERANÇA.
BETO DE GASPARI
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